O Carrefour anunciou ontem que vai refazer seus balanços de 2009 devido ao rombo contábil de R$ 1,2 bilhão ( 550 milhões) detectado nas operações da empresa no Brasil.
Inicialmente, todo o prejuízo seria contabilizado como despesas não recorrentes em 2010. Agora, 230 milhões serão registrados nos balanços de 2009 e 320 milhões nos de 2010.
Segundo o Carrefour, a contabilização do rombo nos balanços vai gerar um impacto negativo de 30 milhões no lucro operacional da empresa do ano passado e de 52 milhões no de 2009.
A Deloitte -mesma empresa de auditoria envolvida no escândalo do PanAmericano- foi responsável por auditar as contas do Carrefour entre 2005 e 2009.
O prejuízo total do Carrefour foi revelado depois da conclusão de auditoria da KPMG, contratada após a demissão do então presidente, Jean Marc Pueyo, e de toda a diretoria, em julho passado.
O presidente mundial do Carrefour, Lars Olofsson, disse em novembro que o rombo de R$ 1,2 bilhão se referia a problemas apurados "nos últimos cinco anos ou mais".
Anteriormente, a Deloitte havia dito à Folha que, "se o problema fosse relativo a anos passados, ele não seria contabilizado em 2010, mas seria necessário refazer os balanços anteriores".
Procurada ontem, a Deloitte disse que ainda não sabia os motivos da mudança de posicionamento da varejista e que, por isso, mantinha a declaração anterior.
A varejista divulgou ontem que a KPMG descobriu irregularidades envolvendo ajustes de estoque e descontos não reembolsáveis de fornecedores.
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