As manobras contábeis protagonizadas pelo governo federal para cumprir a meta de superávit de 2012 é um velho artifício usado por estados membros da federação para maquiar as contas públicas.
A “contabilidade criativa” não passa da malandragem que algumas empresas privadas cometem para evadir recursos, quando o dinheiro passa por várias contas e empresas até pousar no destino offshore.
> Sacando o que não é seu para pagar a própria conta
A triangulação assinada pela equipe econômica envolveu o Fundo Soberano, o Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização (FFIE), a Caixa Econômica Federal e o BNDES, que fizeram uma ciranda para aportar no Tesouro R$ 19,4 bilhões em dezembro. Arrostado, o governo declarou que as operações foram legais.
Faz-se muita coisa errada sem ferir a lei e sem o malabarismo o superávit não seria alcançado. O governo, portanto, para pagar os juros da sua dívida, sacou o que não era seu, o que eleva a dívida bruta, revelando uma deterioração da política fiscal que não está anunciada.
> Legal, mas antiético
Quando o governo lança mão de artifícios contábeis para fazer de conta que teve superávit não deixando claro no que isso aumenta a dívida bruta, mascara o perfil do erário e a operação, embora legal, carece da mais primária ética fiscal.
Se isso se repetir em 2013 estaremos cavando um abismo fiscal, se é que já não estamos nele.
FONTE: http://pjpontes.blogspot.com.br/
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